sábado, 11 de novembro de 2017
Herança ligada ao Sexo
Determinação sexual humana e a herança ligada ao sexo
No ser humano a determinação do sexo se dá por cromossomos especiais – os cromossomos sexuais. Para que uma pessoa seja do sexo feminino, ela precisa ter recebido um cromossomo sexual X de sua mãe e um cromossomo sexual X de seu pai. Já os indivíduos do sexo masculino, precisam receber um cromossomo X de sua mãe e um Y de seu pai para compor o seu par de cromossomos sexuais.
O par de cromossomos sexuais masculino é o único caso entre os 23 pares de cromossomos em que os cromossomos do par não possuem o mesmo tamanho e mesmo formato, uma vez que o cromossomo Y é menor que o X.
os cromossomos X e Y possuem somente uma pequena parte homóloga que se pareia durante a meiose, porém, a maior parte do cromossomo X não possui homologia em relação ao Y.
Os genes presentes nestes cromossomos não são somente relacionados às características sexuais, mas definem também outras características do corpo, como a pigmentação da retina e a produção de proteínas relacionadas à coagulação sanguínea. Dessa maneira, chamamos os genes ligados à parte não homóloga do cromossomo X de genes ligados ao sexo ou genes ligados ao cromossomo X e o mecanismo de herança desses genes recebe o nome de herança ligada ao sexo.
Mecanismo da Herança ligada ao sexo
Como disse anteriormente, o cromossomo X possui partes não homólogas ao cromossomo Y. A principal implicação disso é que, no sexo masculino, os genes presentes nessa região precisarão de apenas um alelo para produzirem suas características, uma vez que não possuirão alelo correspondente no mesmo lócus do cromossomo homólogo (pois não há homologia total no par sexual masculino). Dessa maneira, mesmo que o gene para determinada característica seja recessivo, os homens apresentarão fenótipo para aquele gene.
Nas mulheres, o mesmo não ocorre. Você sabe que o sexo feminino possui dois cromossomos X, por isso, todos os genes presentes nestes cromossomos possuirão alelos no cromossomo homólogo, formando pares. Assim, o mecanismo de herança envolvido para estes genes nas mulheres será o mesmo mecanismo considerado para seus outros pares de cromossomos autossomos.
Se a mulher possui apenas um alelo recessivo para determinada característica genética, como o daltonismo, ela não apresentará o fenótipo, uma vez que o outro alelo do par, dominante para esta característica, condicionaria o fenótipo normal.
As mulheres, portanto, só apresentariam daltonismo, por exemplo, se fossem homozigotas para esta característica, tendo recebido um gene recessivo de cada genitor. Dessa maneira, as doenças genéticas ligadas ao sexo apresentam maior frequência no sexo masculino, uma vez que estes precisam de apenas uma dose do gene causador da anomalia para apresentarem a característica.
Daltonismo
O tipo mais comum de daltonismo está relacionado às deficiências nos cones verdes, afetando a percepção de tons de vermelho e amarelo. Esta anormalidade é produzida por um alelo recessivo presente no cromossomo X, logo sua herança é produzida pelo mecanismo de herança ligada ao sexo. Sendo assim, o alelo para o daltonismo é chamado de Xd ou simplesmente d. Já o alelo que condiciona a visão normal, dominante, é chamado de XD ou D.
Como os filhos são do sexo masculino, obrigatoriamente eles receberam o cromossomo Y do pai e o X da mãe. Como o alelo que condiciona o daltonismo é recessivo e ligado ao cromossomo X, obrigatoriamente ele veio da mãe das crianças. Logo, a mãe é normal, mas portadora do gene (XDXd).
Hemofilia
A herança das hemofilias A e B seguem o mesmo padrão da herança do daltonismo. Sabendo disso, você já deve ter concluído que os meninos hemofílicos recebem o alelo para esta característica das mães, geralmente normais portadoras. Meninas hemofílicas são extremamente raras. Primeiramente porque a frequência do gene é baixa na população (meninos hemofílicos ocorrem em uma proporção de cerca de 6: 10.000). Segundo por que o cruzamento para produzir uma mulher com esta característica é extremamente raro de acontecer.
Para isso, seria necessário o cruzamento entre uma mulher normal portadora do gene para hemofilia com homem hemofílico. Uma mulher adulta hemofílica é extremamente rara, pois os ciclos biológicos femininos envolvem sangramentos durante o período menstrual. Sabendo disso, veja agora os possíveis fenótipos e genótipos para a hemofilia
Outros tipos de heranças relacionadas ao sexo
Herança ligada ao Y ou restrita ao sexo: Por ser muito pequeno, o cromossomo X possui apenas 78 genes. Entre eles está o SRY, que condiciona a transformação das gônadas indefinidas do embrião em testículos. Além desse gene, há outros também exclusivamente masculinos, como o da hipertricose auricular, que condiciona grande quantidade de pelos nas orelhas. Como é condicionada por um gene ligado ao Y, essa característica passará de pai para filho por este cromossomo, exclusivamente.
Herança limitada pelo sexo ou caráter influenciado pelo sexo
O sexo de um indivíduo e os hormônios que cada um produz pode influenciar no efeito de alguns genes autossômicos. Um exemplo disto é a calvície hereditária dos seres humanos. Essa característica é condicionada por um gene autossômico recessivo que na presença de testosterona (hormônio masculino) se expressa e age como gene dominante, produzindo seu fenótipo – a falta de cabelos ou “careca”. Sem testosterona, o gene para a calvície é inibido e comporta-se como recessivo, não produzindo seu fenótipo. Sendo assim, para que uma mulher seja calva, ela precisa ter recebido duas doses do gene recessivo para calvície, seguindo o mecanismo de dominância completa.
Sistema MN e Sistema Rh
Dois outros antígenos foram encontrados na superfície das hemácias humanas, sendo denominados M e N. Analisando o sangue de diversas pessoas, verificou-se que em algumas existia apenas o antígeno M, em outras somente o N e várias pessoas possuíam os dois antígenos. Foi possível concluir então que existiam três grupos nesse sistema: M, N e MN.
Os genes que condicionam a produção desses antígenos são apenas dois: L M e L N (a letra L é a inicial do descobridor, Landsteiner). Trata-se de uma caso de herança mendeliana simples. O genótipo L ML M, condiciona a produção do antígeno M, e L NL N, a do antígeno N. Entre L M e L N há co-dominância, de modo que pessoas com genótipo L ML N produzem os dois tipos de antígenos.
Os genes que condicionam a produção desses antígenos são apenas dois: L M e L N (a letra L é a inicial do descobridor, Landsteiner). Trata-se de uma caso de herança mendeliana simples. O genótipo L ML M, condiciona a produção do antígeno M, e L NL N, a do antígeno N. Entre L M e L N há co-dominância, de modo que pessoas com genótipo L ML N produzem os dois tipos de antígenos.
O sistema RH de grupos sanguíneos
Três pares de genes estão envolvidos na herança do fator Rh, tratando-se portanto, de casos de alelos múltiplos.
Para simplificar, no entanto, considera-se o envolvimento de apenas um desses pares na produção do fator Rh, motivo pelo qual passa a ser considerado um caso de herança mendeliana simples. O gene R, dominante, determina a presença do fator Rh, enquanto o gene r, recessivo, condiciona a ausência do referido fator. |
sábado, 30 de setembro de 2017
Exercicios
1) Do cruzamento entre dois indivíduos de genótipos AaBb e Aabb, qual a probabilidade de nascer um descendente de fenótipo aaBb? 1/6
R= AaBb X Aabb
AB-Ab-aB-ab x Ab-ab
1- AABb AaBb
2- AAbb AaBb
3- AaBb aaBb
4- Aabb aabb
2)Em determinada espécie vegetal foram analisadas duas caracteristicas com segregação independente.cor da flor e tamanho da folha .Os fenótipos e os genótipos correspondentes a essas características estão relacionadas a seguir:
Se uma planta de flor rósea ,com folha de largura intermediária,for cruzada com outra de mesmo fenótipo,qual a probabilidade de se obterem:
a)plantas com flor rósea e folha de largura intermediária?
R= 4/16
b)plantas simultaneamentes homozigotas para as duas características?
b)plantas simultaneamentes homozigotas para as duas características?
R= 4/6
2° Lei de Mendel
amarelas verde
lisas X rugosas
VVRR --- VVrr (geração parental)
Geração F1 Vr Rr (100%)
VvRr X VvRr
VR-Vr-vR-vr X VR-Vr-vR-vr
VvRr = duplo heteroVv = hetero
Rr = hetero
Amarelas-lisas 9/16x 556= 5004/16 = 312,75 = 313
Amarelas-rugosas 3/16x 556= 1668/16 = 104
Verde-lisa 3/16x 556= 1668/16= 104
Verde-rugosas 1/16x 556= 556/16 = 35
Noções de Probabilidade
Para que Mendel pudesse chegar aos seus resultados, ele utilizou muitos métodos estatísticos para sua interpretação, calculando as probabilidades de ocorrer os eventos. A probabilidade serve para estimar matematicamente a possibilidade de ocorrer eventos que acontecem ao acaso, ou seja, por questão de sorte. Pode ser definida pela seguinte fórmula:
P(A)=AS
Onde P é a probabilidade de um evento ocorrer, A é o número de eventos desejados e S é o número total de eventos possíveis.
Exemplo: Quando jogamos uma moeda para cima, temos duas possibilidades de resultado: ela cair com a face “cara” voltada para cima, ou com a face “coroa” voltada para cima. Portanto temos duas possibilidades. A possibilidade de sair cara é de 1/2 ou 50%, pois temos uma chance (sair cara) em duas possibilidades (cara ou coroa).
A probabilidade é um evento esperado, uma possibilidade, portanto, não é certeza que vá ocorrer. Quanto mais repetições ocorrerem, mais chances a previsões terão de dar certo.
Quando utilizamos cálculos de probabilidades em genética, não podemos dizer que os indivíduos que irão nascer terão obrigatoriamente os genótipos calculados, pois é questão de sorte. Quanto mais indivíduos nascerem, mais chances dos resultados práticos se aproximarem dos cálculos.
Regra do “e”
Quando a ocorrência de um evento não afeta a ocorrência do evento seguinte, dizemos que eles são independentes. Quando queremos calcular a probabilidade da ocorrência de eventos independentes de uma vez só, utilizamos a regra do “e”.
Exemplo: Se jogarmos duas moedas para cima, qual a probabilidade de sair “cara” nas duas?
Resolução:
O fato de sair “cara” em uma moeda não afeta a chance de sair “cara” na outra. Quando acontece esse tipo de evento, multiplicamos as probabilidades dos eventos independentes:
R = 1/4 ou 25%O fato de sair “cara” em uma moeda não afeta a chance de sair “cara” na outra. Quando acontece esse tipo de evento, multiplicamos as probabilidades dos eventos independentes:
Em genética utilizamos a mesma linha de raciocínio. Por exemplo: Qual a probabilidade de um casal ter dois filhos do sexo feminino?
Resolução: O nascimento da primeira filha não afeta a chance de o segundo filho ser do sexo feminino, pois a segregação dos alelos de um gene é tão ao acaso quanto jogar uma moeda para cima e obter “cara” ou “coroa”. Portanto:
R = 1/4 ou 25%
Regra do “ou”
A regra do “ou” é utilizada quando queremos calcular a probabilidade de ocorrer um evento ou outro numa mesma oportunidade.
Por exemplo: Qual a chance de sair “cara” ou “coroa” em uma jogada de moeda?
Por exemplo: Qual a chance de sair “cara” ou “coroa” em uma jogada de moeda?
Resolução: Esses dois eventos não ocorrem juntos, pois é um ou o outro, logo são mutuamente exclusivos. Quando temos esse tipo de situação, somamos as duas probabilidades:
Primeira Lei de Mendel
Gregor Johan Mendel foi um monge agostiniano nascido no ano de 1822 que se interessou em explicar como as características dos pais são transmitidas a seus descendentes. Conhecido como o pai da genética, Mendel realizou todas as suas pesquisas sobre hereditariedade com ervilhas de cheiro (Pisum sativa), escolha que foi uma das razões de seu sucesso com suas pesquisas, pois essa leguminosa apresenta diversas vantagens como fácil cultivo, produção de grande quantidade de sementes, ciclo de vida curto, além de características contrastantes e de fácil identificação. Outro fato que contribuiu para o sucesso das pesquisas de Mendel foi que ele analisou apenas uma característica de cada vez, sem se preocupar com as demais características.
Em seus experimentos, Mendel teve o cuidado de utilizar apenas plantas de linhagens puras, por exemplo, plantas de sementes verdes que só originassem sementes verdes e plantas de sementes amarelas que só originassem sementes amarelas. Você deve estar se perguntando, como Mendel sabia que as plantas eram puras? Pois bem, para que ele tivesse certeza de qual planta era pura, ele as observava durante seis gerações, período de aproximadamente dois anos. Se durante essas gerações as plantas originassem indivíduos diferentes da planta inicial, elas não eram consideradas puras, mas se ocorresse o contrário e elas só originassem descendentes com as mesmas características da planta inicial, eram consideradas puras.
Uma vez constatado que as plantas eram puras, Mendel escolheu uma característica, por exemplo, plantas puras de sementes amarelas com plantas puras de sementes verdes, e realizou o cruzamento. Essa primeira geração foi chamada de geração parental ou geração P. Como resultado desse cruzamento, Mendel obteve todas as sementes de cor amarela e a essa geração denominou de geração F1. Os indivíduos obtidos nesse cruzamento foram chamados por Mendel de híbridos, pois eles descendiam de pais com características diferentes.
Em seguida, Mendel realizou uma autofecundação entre os indivíduos da geração F1, chamando essa segunda geração de geração F2. Como resultado dessa autofecundação, Mendel obteve três sementes amarelas e uma semente verde (3:1). A partir dos resultados obtidos, Mendel concluiu que como a cor verde não apareceu na geração F1, mas reapareceu na geração F2, as sementes verdes tinham um fator que era recessivo, enquanto as sementes amarelas tinham um fator dominante. Por esse motivo, Mendel chamou as sementes verdes de recessivas e as sementes amarelas de dominantes.
Em diversos outros experimentos, Mendel observou características diferentes na planta, como altura da planta, cor da flor, cor da casca da semente, e notou que em todas elas algumas características sempre se sobressaíam às outras.
Diante desses resultados, Mendel pôde concluir que:
→ Cada ser vivo é único e possui um par de genes para cada característica;
→ As características hereditárias são herdadas metade do pai e metade da mãe;
→ Os genes são transmitidos através dos genes;
→ Os descendentes herdarão apenas um gene de cada característica de seus pais, ou seja, para uma determinada característica, haverá apenas um gene do par, tanto da mãe quanto do pai.
Dessa forma, podemos enunciar a primeira lei de Mendel, também chamada de lei da segregação dos fatores da seguinte forma: “Todas as características de um indivíduo são determinadas por genes que se segregam, separam-se, durante a formação dos gametas, sendo que, assim, pai e mãe transmitem apenas um gene para seus descendentes”.
Questões Propostas
1) Na herança com dominância só ha dois fenótipos possíveis: 1 para homozigose recessiva e outro para heterozigoto e homozigose dominante.
Na co-dominância os 2 alelos se manifestaram no caso do hibrido.
2-a) geração P PB X PB Geração F1 PP PB PB BB (1 Preta,2 azuladas e 1 branca)
b) geração P PP X PP GERAÇÃO F1 = PP (100% pretas)
c) geração P BB X BB GERAÇÃO F1 = BB (100% brancas)
c) 25% arredondados, 50% ovalados e 25% alongados.
Na co-dominância os 2 alelos se manifestaram no caso do hibrido.
2-a) geração P PB X PB Geração F1 PP PB PB BB (1 Preta,2 azuladas e 1 branca)
b) geração P PP X PP GERAÇÃO F1 = PP (100% pretas)
c) geração P BB X BB GERAÇÃO F1 = BB (100% brancas)
3-a) Não há dominância entre os alelos que determinam a forma dos rabanetes.
b) 50% pois os pais são heterozigotos e podem produzir descendentes na seguinte proporção:c) 25% arredondados, 50% ovalados e 25% alongados.
Ausência de Dominância
O gene dominante bloqueia totalmente a atividade do seu alelo recessivo, de maneira que apenas o caráter condicionado pelo gene dominante se manifesta.Nesses casos, portanto, um indivíduo heterozigoto(Aa) exibirá o mesmo fenótipo do homozigoto(AA). Tal fenômeno é chamado de dominância completa.
Mas existem casos em que o gene interage com seu alelo, de maneira que o híbrido ou o heterozigoto apresenta um fenótipo diferente e intermediário em relação aos pais homozigotos ou então expressa simultaneamente os dois fenótipos paternos.Fala-se, então, de ausência de dominância.
Podemos identificar dois tipos básicos de ausência de dominância, cujos os estudos foram desenvolvidos em épocas posteriores á de Mendel:a herança intermediária e co-dominância.
Herança Intermediária
A herança intermediária é o tipo de dominância em que o indíviduo heterozigoto exibe um fenótipo diferente e intermediário em relação aos genitores homozigotos.
Exemplo 1. A planta ""maravilha"" (Mirabilis jalapa) apresenta duas variedades básicas para a coloração das flores: a variedade alba(com flores brancas) e a variedade rubra (com flores vermelhas). chamando o gene que condiciona flores brancas de B e o gene para flores vermelhas de V, o genótipo de uma planta com flores brancas é BB, e o genótipo de uma planta com flores rubras é VV. Cruzando-se esses dois tipos de plantas (VV X BB), os descendentes seram todos VB; as flores dessas plantas (VB) seram rosas, isto é, exibirão um fenótipo intermediário em relação aos fenótipos paternais(flores vermelhas e brancas).
Co-dominância
A co-dominância é o tipo de ausência de dominância em que o indíviduo heterozigoto expressa simultaneamente os dois fenótipos paternos.Como exemplo podemos considerar da cor da pelagem em bovinos da raça Shorthon: os indivíduos homozigotos AA tem pelagem vermelha; os homozigotos BB tem pelagem branca;e os heterozigotos AB têm pêlos brancos e pêlos vermelhos alternadamente distribuídos.
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
A vida de Gregor Mendel
Introdução
Gregor
Mendel nasceu em 20 de julho de 1822, num pequeno povoado chamado
Heinzendorf, na atual Áustria. Ele foi batizado com o nome de Johann
Mendel, mudando o nome para Gregor após ingressar para a ordem
religiosa dos agostinianos. Foi ordenado sacerdote no ano de 1847.
Biografia
e estudos científicos
Entre
os anos de 1851 e 1853 estuda História Natural na Universidade de
Viena. Neste curso, adquiri muitos conhecimentos que seriam de
extrema importância para o desenvolvimento de suas teorias (leis).
Aproveitou
também os conhecimentos adquiridos do pai, que era jardineiro, para
começar a fazer pesquisas com árvores frutíferas. Em 1856 já
fazia pesquisas com ervilhas, nos jardins do monastério.
Sua
teoria principal era a de que as características das plantas (cores,
por exemplo) deviam-se a elementos hereditários (atualmente
conhecidos como genes). Como passava grande parte do tempo
dedicando-se às atividades administrativas do monastério, foi
deixando de lado suas pesquisas relacionadas ao estudo da
hereditariedade.
Morreu
em 6 de janeiro de 1884 sem que tivesse, em vida, seus estudos
reconhecidos. Somente no começo do século XX que alguns
pesquisadores puderam verificar a importância das descobertas de
Mendel para o mundo da genética.
As
Leis de Mendel
Primeira
Lei:
também conhecida com Lei da Segregação, explica que na fase de
formação dos gametas, os pares de fatores se segregam.
Segunda
Lei: também conhecida como lei da Uniformidade, afirma que as
características de um indivíduo não são determinadas pela
combinação dos genes dos pais, mas sim pela característica
dominante de um dos progenitores (característica dominante).
Segunda
Lei:
também conhecida como Lei da Recombinação dos Genes, explica que
cada uma das características puras de cada de cada variedade (cor,
rugosidade da pele, etc) se transmitem para uma segunda geração de
maneira independente entre si.
Questões Propostas
1)Em relação aos óvulos oligolécitos?
2)Caracterize um óvulo telolécito de uma ave?
3)
(FGV-SP) O que é segmentação holoblástica desigual? Em que
animais ocorre esse tipo de segmentação?
É
a segmentação que origina, com a terceira clivagem, 8 blastômeros
de tamanhos diferentes. Os 4 blastômeros menores recebem o nome de
micrômeros e se localizam no pólo animal e os 4 maiores recebem o
nome de macrômeros e se localizam no pólo vegetativo. Esse tipo de
segmentação ocorre nos ovos heterolécitos. A segmentação
continua sendo holoblástica, porém como o vitelo está distribuído
de maneira desigual, a velocidade de clivagem também será desigual.
O pólo vegetativo divide-se mais lentamente formando blastômeros
maiores. O pólo animal divide-se mais rapidamente formando
blastômeros menores.
Em que animais ocorre esse tipo de segmentação:
Anfíbios : rãs e salamandras.
Em que animais ocorre esse tipo de segmentação:
Anfíbios : rãs e salamandras.
4)
A gema do ovo de galinha é formada por uma única célula, o óvulo,
caso não tenha sido fecundada pelo galo. Nesta célula a grande
massa amarela corresponde à reserva nutritiva chamada vitelo. Por
outro lado, um animal muito maior, como a vaca, produz óvulos
microscópicos. Explique por que, necessariamente, o óvulo da
galinha é maior que o da vaca.
O
óvulo da galilnha é maior pois se trata de uma ave. As aves possuem
gestação externa, ou seja, seus embriões se desenvolvem fora do
corpo da mãe, dentro dos ovos. Para que esses embriões se
desenvolvam é necessário alimento. O óvulo da galinha já vem com
esse alimento junto, que é a gema do ovo e é dela que o embrião,
futuro pintinho, se alimenta para se desenvolver. A vaca, como todo
mamífero, possui gestação interna. O embrião se alimenta do corpo
da mãe, através da placenta e por isso o óvulo só necessita ter o
material genético para se unir ao espermatozóide masculino.
5)
Descreva os tipos de segmentação total ou holoblástica.
Holoblástica
igual,
na qual se formam, com a terceira clivagem, oito blastômeros iguais;
ocorre nos ovos alécitos e em alguns oligolécitos;
Holoblástica
desigual,
na qual se formam, com a terceira clivagem, blastômeros de tamanhos
diferentes (quatro menores: micrômeros; e quatro maiores:
macrômeros); Ocorre em todos os ovos heterolécitos e em alguns
oligolécitos;
Holoblásticas
subigual,
um tipo de segmentação desigual em que os blastômeros não diferem
muito entre si quanto ao tamanho, ocorre em alguns ovos isolécitos.
6)
O que estuda a embriologia?
Estuda
a formação dos órgãos e sistemas de um animal, a partir de
uma célula. Faz parte da biologia do desenvolvimento. O
desenvolvimento embrionário dos animais inicia-se pela relação
sexual, gerando o zigoto ou ovo, que passará por três fases
sucessivamente: mórula, blástula e gástrula.
7)
Descreva o processo de formação da Mórula.
O
estágio de mórula ocorre
3 a 4 dias após a fecundação, coincidindo com a entrada do embrião
no útero. Conforme ocorrem as sucessivas clivagens, há
a formação de
uma cavidade interna, a blastocele, e assim o embrião passa do
estágio de mórula para
o estágio de blástula.
8)Considere
as seguintes fases do desenvolvimento embrionário de um vertebrado :
gástrula, blastula, morula e neurula. coloque - às na sequência
correta, observadas durante o desenvolvimento embrionário.
Mórula
-> Blástula -> Gástrula -> Nêurula
9)No
desenvolvimento embrionário de certa espécie, um embrião de trinta
horas é constituído por centenas de pequenas células, que limitam
uma cavidade preenchida por um líquido. Nesse ponto do
desenvolvimento:
a) Qual é a fase em que o embrião se encontra?
Está
na segmentação. Na segmentação ocorre a formação da mórula,
que é um aglomerado de células e da blástula, que é a estrutura
enunciado pela questão.
b)
Qual é a fase que ele irá iniciar?
A
gastrulação, onde ocorre a formação dos folhetos embrionários:
ectoderme, endoderme e mesoderme, lembrando que a mesoderme e a
endoderme são formadas a partir da mesentoderme.
Embriologia
O
que é embriologia?
A
embriologia é uma área da biologia que estuda o desenvolvimento
embrionário dos organismos vivos, ou seja, o processo de formação
do embrião a partir de uma única célula, o zigoto, que originará
um novo ser vivo.
O que a Embriologia Estuda?
A
Embriologia estuda todas as fases do desenvolvimento embrionário
desde a fecundação, formação do zigoto até que todos os órgãos
do novo ser estejam completamente formados. Também são consideradas
as etapas anteriores à gestação do embrião, uma vez que
influenciam no processo.
Atualmente
a embriologia é uma parte da Biologia do Desenvolvimento, e está
relacionada com diversas áreas de conhecimento como a citologia, a
histologia, a genética, a zoologia, entre outras. Algumas das
especialidades da Embriologia são:
-
Embriologia Humana: área que se dedica ao conhecimento sobre o desenvolvimento de embriões humanos, estudando as malformações e doenças congênitas. A embriologia clínica ou médica aos estudos sobre embriões em processos de reprodução assistida;
-
Embriologia Comparada: é a área que se dedica a estudar o desenvolvimento embrionário de diversas espécies animais, comparativamente. É importante para os estudos evolutivos;
-
Embriologia Vegetal: estuda os estágios de formação e desenvolvimento das plantas.
Embriologia
Humana
Tomando
como exemplo o desenvolvimento embrionário humano, as fases do
desenvolvimento do novo indivíduo são:
Gametogênese
Na
gametogênese são formados os gametas a partir de células
especializadas chamadas células germinativas, que passam por várias
mitoses e se multiplicam. Depois elas crescem e passam pela primeira
divisão meiótica, formando células-filhas com a metade dos
cromossomos da célula-mãe.
Nos
gametas femininos a meiose é interrompida antes de se completar,
originando um ovócito secundário e um corpo polar primário bem
menor.
Fecundação
Após
o ato sexual os espermatozoides lançados dentro do corpo feminino
têm de alcançar o ovócito. Quando um espermatozoideconsegue
penetrar no ovócito secundário é completada a divisão meiótica e
o óvulo recém-formado pode ser fertilizado. Na fecundação ocorre
a cariogamia, ou seja, a fusão dos núcleos dos gametas e formação
do zigoto.
Desenvolvimento Embrionário Humano
Basicamente
em todos os animais o desenvolvimento do embrião abrange três fases
principais: segmentação, gastrulação e organogênese.
Segmentação
Logo
após a formação do zigoto iniciam as clivagens, fazendo aumentar o
número de células. As divisões são rápidas e em cerca de uma
semana, no estágio de blastocisto, se fixará na parede uterina para
dar continuidade ao processo.
Gastrulação
Nessa
fase aumenta não só o número de células, como o volume total do
embrião. São formados os três folhetos
germinativos ou folhetos embrionários (ectoderma,
mesoderma e endoderma), iniciando a diferenciação celular que
originará os tecidos do corpo.
Organogênese.
Na
organogênese começam a ser formados os órgãos. Os primeiros são
os órgãos do sistema nervoso originados do ectoderma, a camada mais
externa. Isso ocorre por volta da terceira semana de gestação.
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